Casa do Seguro na COP30: Esta também é a COP das cidades, ressalta ministro Jader Barbalho Filho

Casa do Seguro na COP30: Esta também é a COP das cidades, ressalta ministro Jader Barbalho Filho

Alinhamento entre governos nacionais e subnacionais levará à adaptação, à resiliência e ao cuidado do meio ambiente. Dessa forma, o ministro  visualiza “um futuro melhor, mais justo e mais seguro para a sociedade brasileira”

Jader Barbalho Filho, Ministro de Estado do Ministério das Cidades, participou da abertura do Fórum Cidades Resilientes em 19 de novembro, na Casa do Seguro, realizada pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) durante a COP30, em Belém (PA).

O ministro anunciou uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silve, na qual uma das pautas é a relevância dos líderes locais na COP30 e nas próximas. “Não consigo imaginar uma forma de a implementação acontecer, se não tivermos os prefeitos, vereadores e líderes comunitários”.

O governo federal tem o papel de ajudar as cidades e municípios na adaptação, resiliência e sustentabilidade, com obras como macrodrenagem para evitar os alagamentos, com obras de contenção de encostas para não vermos morros deslizando sobre pessoas, famílias e infraestrutura.

Ele lembrou que eventos climáticos como os ocorridos no Rio Grande do Sul no ano passado e há duas semanas no Paraná vão se repetir cada vez mais, se não houver redução de desmatamentos e de emissões que partem das cidades. “Esta é COP das lorestas e também a COP das cidades. 80% das emissões do planeta partem das cidades. No Brasil, as nossas emissões partem do desmatamento e das queimadas. Como não vamos incluir o tema urbano nas discussões do clima?”.

Segundo o ministro, o alinhamento entre governos nacionais e subnacionais é o que levará à adaptação, à resiliência e ao cuidado do meio ambiente. Dessa forma, o ministro Jader Barbalho Filho, visualiza um “futuro melhor, mais justo, com justiça social, justiça climática e, acima de tudo, seguro, para a sociedade brasileira.

A mão do seguro: avaliação de risco climático

Ao lado dos governos, o setor de seguros pode contribuir na construção de cidades resilientes. Durante a abertura do Fórum Cidades Resilientes, Dyogo Oliveira, presidente da CNSeg, apresentou a ferramenta de avaliação de risco climático.

“É uma contribuição importante do setor para que as pessoas percebam os riscos que estão correndo. Conhecer o risco é o primeiro passo para ações preventivas que evitam o risco. A ferramenta inicia com o risco de enchente, mas aos poucos irá incluir outros riscos climáticos”, anunciou o presidente que, durante a COP30, também lançou o radar de riscos climáticos.

Ele apontou a importância de conhecer os números e os problemas para preparar a todos para enfrentar as circunstâncias. “Uma ampla gama de seguros precisa ser desenvolvida no país para lidar com as mudanças climáticas”, ressaltou.

Oliveira ainda falou sobre a proposta de um seguro social de catástrofe criado pelo setor. “Dentro da proposta, as famílias afetadas teriam uma indenização emergencial em caso de morte. Mas tratar a catástrofe após a ocorrência não é suficiente, é preciso a prevenção”.