Pré-COP30: Setor de seguros está na dianteira das discussões relacionadas ao clima

Pré-COP30: Setor de seguros está na dianteira das discussões relacionadas ao clima

Presidente da COP30 exalta a importância do seguro, que também é um dos setores da economia mais afetados pelas mudanças climáticas

O mercado de seguros é diretamente afetado, e é um setor que pode oferecer muitas soluções para os enfrentamentos das mudanças climáticas. O setor tem capacidade e conhecimento para informar a sociedade e isso tem sido pouco utilizado, conforme o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

 “Relatórios estimam que, em 2024, a perda global tenha alcançado US$ 368 bilhões, dos quais US$ 145 bilhões foram custeados pelo mercado de seguros. É um setor muito afetado pelo lado negativo das mudanças climáticas. Por outro lado, é um setor que pode oferecer muitas soluções para o enfrentamento das mudanças do clima”, disse.

Dyogo Oliveira, presidente da CNseg
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg (crédito: Carolina Antunes/CNseg)

Diante da importância crescente da pauta do clima e a cerca de um mês do inicio da COP30, a CNseg promoveu o evento de “Pré-COP30 Casa do Seguro”, em Brasília, em 8 de outubro.

A Casa do Seguro ou a Embaixada do seguro na COP30, estará aberta à toda a sociedade dos dias 10 a 21 de novembro deste ano, em que o maior encontro mundial do clima será realizado, em Belém, no Pará.

Durante o período da COP, a CNseg lançará o hub de riscos climáticos, que foi desenhado para ser um hub de informações e troca de experiências de riscos climáticos. “O setor segurador precisa conhecer o risco climático para desenvolver produtos e oferecer soluções para os seus clientes e a sociedade”.

Para Oliveira, a participação do mercado de seguros na COP30 é um divisor de águas.

Segundo André Corrêa do Lago, embaixador e presidente da COP30, esta é a primeira COP em que há um comprometimento claro do mercado de seguros.

“Colocamos o tema do seguro como central na agenda de ação da COP. O setor de seguros, que sempre foi um pouco associado a algo conservador, na verdade, é um setor que está se reinventando por conta dos desafios da mudança do clima. Como estimar acontecerão eventos extremos e como calcular e, de certa forma, diminuir essas ameaças. Seguros passa a ser um dos setores mais adiantados na discussão da mudança do clima”, destacou Lago.

Na visão dele, é necessário evitar que os eventos extremos fragilizem um país em desenvolvimento. “Precisamos posicionar o Brasil como um dos países que mais deve atrair investimento. Temos que assegurar que este setor contribua ainda mais para a atratividade dos investimentos no Brasil”.