ANS aprova certificação inédita para qualificar atenção ao câncer

ANS aprova certificação inédita para qualificar atenção ao câncer

Normativo agora conta com manual que estabelece cinco linhas de cuidado de atendimento à doença

Em reunião na segunda-feira, 25/8, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a alteração da Resolução Normativa (RN) 506/2022, que instituiu o Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde das Operadoras de Planos de Saúde, para inclusão da certificação em atenção oncológica.  Assim, a ANS lança o Manual de Certificação de Boas Práticas em Atenção Oncológica – OncoRede, que traz diretrizes e critérios técnicos que operadoras de planos de saúde devem cumprir para obter o selo de qualidade na atenção ao câncer.

A iniciativa marca um avanço importante na forma como o tratamento oncológico é conduzido na saúde suplementar. O foco está na reorganização da rede assistencial, com destaque para a agilidade nos fluxos — o chamado fast track —, atuação de equipes multiprofissionais, rastreamento estruturado e melhora na comunicação com os pacientes, inclusive por meio do letramento em saúde.

Cinco tipos de câncer foram priorizados por sua alta incidência entre adultos no Brasil: mama, colo de útero, próstata, pulmão e cólon e reto. A certificação propõe superar a fragmentação dos serviços, muitas vezes responsável por atrasos no diagnóstico e no início do tratamento.

Segundo a diretora-presidente interina da ANS, Carla Soares, a certificação representa um avanço no cuidado em saúde. “Estamos dando um passo importante para qualificar a atenção oncológica na saúde suplementar. O câncer é uma doença em crescimento global, e essa certificação reforça o papel da ANS como promotora da qualidade no setor”, afirmou.

Ela também esclarece que o programa não altera os direitos dos beneficiários em relação às coberturas obrigatórias. “A certificação é um incentivo à qualificação, sem qualquer impacto nas regras do Rol de Eventos e Procedimentos em Saúde ou nos prazos máximos de atendimento. A cobertura obrigatória segue inalterada”, completou.

Para obter a certificação, as operadoras devem apresentar planejamento técnico adequado e implantar ao menos duas Linhas de Cuidado entre os cinco tipos de câncer priorizados. Os critérios são baseados em evidências científicas e mapeiam toda a jornada do paciente, da prevenção e rastreamento aos cuidados paliativos, promovendo mais agilidade, resolutividade e acolhimento ao longo do processo.

O diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Maurício Nunes, reforça que o grande objetivo é colocar o paciente no centro do cuidado. “Com essa certificação, queremos fortalecer a efetividade do cuidado oncológico. Isso significa diagnósticos mais rápidos, tratamentos mais coordenados, equipes atuando de forma integrada e um acolhimento mais humanizado. A expectativa é que o beneficiário sinta, na prática, a diferença”, afirmou.

Entre os principais avanços esperados estão a ampliação da prevenção, atuação multiprofissional, com médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais atuando em conjunto; o uso de protocolos clínicos bem definidos para rastreamento e diagnóstico precoce; a criação de fluxos rápidos entre a biópsia e o início do tratamento; e a oferta de cuidados paliativos e de fim de vida qualificados, quando necessários.

A nova certificação é uma resposta concreta à necessidade de oferecer tratamentos mais ágeis, organizados e humanizados para milhares de brasileiros com câncer atendidos por planos de saúde.

Para mais informações sobre o Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde, clique aqui.

Em breve o Manual de Certificação de Boas Práticas em Atenção Oncológica – OncoRede será publicado no Diário Oficial da União e será divulgado pela Agência. Clique aqui para assistir ao vídeo sobre a publicação.

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Fonte: ANS