Enfermeira da rede de clínicas lista cinco efeitos positivos do aleitamento materno e os cuidados necessários durante a lactação

Com o objetivo de reforçar a importância do aleitamento materno para a saúde dos recém-nascidos, a Semana Mundial da Amamentação (SMAM) — de 1º a 7 de agosto — fomenta a conscientização sobre o tema em 120 países. Em incentivo à amamentação, a rede de clínicas Meu Doutor Novamed, do Grupo Bradesco Seguros, apresenta os principais benefícios do leite materno e os cuidados essenciais durante o período de lactação.

De acordo a enfermeira Nayara Campos, da Meu Doutor Novamed, a mãe necessita de constante incentivo e suporte dos profissionais de saúde e da sua família, para uma amamentação bem-sucedida.

“A mãe deve estar inserida em um ambiente que a apoie na sua opção. A escolha do local impacta diretamente a eficácia da amamentação. O ideal é um espaço arejado, calmo, sem muitas interrupções, que permita à mãe se sentir relaxada e conectada com aquele momento. O bebê sente a tensão da mãe ao amamentar estressada ou com pressa, e o aleitamento pode não ser bem-sucedido”, comenta Nayara Campos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil, recomendam o aleitamento materno por dois anos, inclusive como alimentação exclusiva do bebê nos primeiros seis meses. O leite materno é o alimento com composição nutritiva ideal para as crianças, por sua capacidade de promover a segurança alimentar e física dos bebês, contribuindo para a proteção imunológica e a prevenção de futuras infecções nas crianças.

“O leite materno pode garantir o desenvolvimento saudável do bebê até os dois anos de vida. Com a sua composição química balanceada, ele é capaz de suprir as necessidades fisiológicas da criança, facilitar a digestão e prover a primeira proteção imunológica ao recém-nascido, ajudando a protegê-lo contra diarreias, inflamações no ouvido e doenças respiratórias, por exemplo. O ato de sugar também é um exercício importante para o desenvolvimento adequado da musculatura facial do bebê”, reforça.

A enfermeira da Meu Doutor Novamed destaca cinco benefícios do aleitamento para os recém-nascidos:

1. Diminui morbimortalidade infantil;

2. É a primeira vacina do bebê — os anticorpos da mãe são passados pelo leite materno;

3. Previne episódios de diarreias, infecções respiratórias agudas e outras enfermidades infectocontagiosas;

4. Reduz a chance de desenvolvimento de doenças alérgicas, hipertensão, colesterol alto e diabetes;

5. Promove melhor nutrição, com efeito positivo no desenvolvimento intelectual e físico — começando pela própria cavidade bucal da criança.

Vínculo afetivo e fortalecimento da saúde materna

Outro importante benefício da amamentação é a construção de vínculo afetivo, com impacto positivo também na saúde da mãe. “Com o aleitamento, a perda do peso adquirido na gravidez ocorre mais facilmente e o útero retorna mais rapidamente ao tamanho normal, evitando a anemia pós-parto e tornando menor o risco de desenvolver diabetes”.

Existe um jeito certo de amamentar?

A posição inadequada durante o aleitamento pode levar a uma diminuição da produção do leite e até à perda de peso do bebê. Também há riscos de provocar lesões físicas ao mamilo da mãe, incluindo a mastite (inflamação aguda dos tecidos da mama), caso a mama não seja esvaziada corretamente.

Apesar da sucção do recém-nascido ser um ato de reflexo, é necessária a orientação profissional para auxiliar a mãe na retirada do leite do peito de forma eficiente. A posição inadequada na amamentação é denominada “má pega”.

“É de suma importância que o profissional acompanhe as primeiras mamadas do bebê, a fim de posicioná-lo corretamente e orientar a mãe e os familiares sobre a importância da amamentação, da posição e da pega corretas e até mesmo das eventuais dificuldades que possam vir a surgir. A instrução logo no pós-parto pode evitar complicações da ‘má pega’”, complementa Nayara Campos.

Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação:

• Bochechas do bebê encovadas a cada sucção (covinhas);
• Ruídos emitidos pela língua;
• Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada;
• Mamilos com estrias vermelhas, áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama;
• Dor na amamentação;

“Quando qualquer um desses sinais for identificado, deve-se parar a amamentação e posicionar o bebê novamente de forma correta, para que a pega seja eficaz”, destaca a profissional da rede Meu Doutor Novamed, que complementa: “Em casos de dificuldades como o bebê que não suga ou que esteja com sucção fraca, além de situações como demora na descida do leite, além de mamilos machucados, deve-se buscar orientação e acompanhamento de um profissional de saúde”.

Aleitamento Adequado

Entre as orientações para a amamentação eficiente, destacam-se:

– Posicionamento adequado: A mãe deve estar em uma posição confortável e o rosto do bebê de frente, voltado para a mama, com nariz na altura do mamilo. O corpo do bebê voltado para mãe – barriga com barriga – com cabeça e tronco alinhados e bem apoiado.

– Pega correta: A mãe deve segurar a mama de maneira que o dedo indicador e o polegar formem um “C”. Com a boca bem aberta, o lábio inferior do bebê deve estar virado para fora e queixo tocando a mama. A boca da criança deve sugar além do mamilo, incluindo a parte da auréola.

Transição para alimentação complementar

“O aleitamento materno deve ser exclusivo no primeiro semestre de vida e complementado até os dois anos ou mais. Para a introdução de alimentos complementares, é importante contar com a orientação e acompanhamento do pediatra”, reforça a enfermeira da rede de clínicas Meu Doutor Novamed.