Rotina de prevenção oftalmológica começa nas primeiras horas de vida

Rotina de prevenção oftalmológica começa nas primeiras horas de vida

Ao nascer, crianças devem realizar testes para identificar possíveis alterações congênitas ainda no hospital, e consultas devem ser repetidas aos seis meses e um ano

Desde muito cedo os pais devem ter atenção aos exames necessários para que bebês desenvolvam uma visão saudável. Para isso, o cuidado preventivo deve começar nas primeiras horas de vida e se tornar rotina já no primeiro ano. Doenças como catarata congênita, glaucoma congênito, estrabismos, obstrução de via lacrimal e retinoblastoma podem ser identificadas precocemente com essas avaliações, o que tem influência direta na saúde ocular das crianças.

Nas primeiras 48 horas de vida, já é realizado o teste do reflexo vermelho (teste do olhinho), que rastreia doenças oculares congênitas. O teste, inclusive, é obrigatório desde 2017 em todos os hospitais, segundo lei federal. A partir daí, a segunda avaliação deve ser feita aos seis meses de vida, e a terceira quando a criança completa um ano. Até os 10 anos, as avaliações se tornam anuais.

“O momento em que uma doença é detectada tem reflexo direto na forma como ela vai se desenvolver e nas chances de cura. Para a saúde ocular, não é diferente, por isso é importante que pais estejam atentos a sinais e busquem acompanhamento médico para garantir o melhor desenvolvimento dos filhos”, afirma o diretor médico da healthtech e operadora de planos de saúde Qsaúde, Ricardo Casalino.

Com 22 hospitais em São Paulo, a operadora tem um importante parceiro na especialidade: o H.Olhos. Márcia Ferrari, oftalmopediatra da instituição, indica que os pais busquem o oftalmologista para entender melhor como estimular o desenvolvimento visual saudável da criança e também conhecer os sinais de alerta.

“O comprometimento da saúde ocular também se mostra pela percepção de anormalidades como olho torto, assimetria das pálpebras, secreção ocular, olhos vermelhos e inchaços na região dos olhos. Os pais devem sempre observar o reflexo fotográfico dos olhos, que devem ser simétricos e de cor vermelho alaranjado”, afirma a médica.

Segundo estudo[i] publicado pela Revista Brasileira de Oftalmologia, cerca de 12% das crianças têm estrabismo, enquanto o glaucoma atinge 1,7% das crianças. Já a obstrução do canal lacrimal acomete mais de 5% dos bebês, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP)[ii]. Mais raro, o retinoblastoma ocorre em um em cada 20 mil nascidos vivos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca)[iii].

Algumas doenças, entretanto, não são detectáveis a partir desses sinais, segundo a oftalmopediatra do H.Olhos. Há lesões que só podem ser detectadas com testes oftalmológicos minuciosos, por isso é tão importante a rotina de avaliação.

Ricardo Casalino reforça a importância do acompanhamento médico e vínculo com a equipe de atenção primária. “É essencial o acompanhamento do médico de família, que vai ajustar a necessidade de cada cliente de forma personalizada, inclusive por especialistas.

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