Entenda como seguro para contratos públicos se tornou aliado estratégico em licitações

Entenda como seguro para contratos públicos se tornou aliado estratégico em licitações

Empresas que utilizam seguro garantia ampliam competitividade em processos licitatórios sem comprometer capital de giro

Com a retomada dos investimentos públicos em infraestrutura, obras e serviços no Brasil, cresce também a concorrência entre empresas interessadas em disputar contratos com o governo. Nesse cenário, o seguro garantia surge como uma ferramenta importante para dar fôlego financeiro, aumentar a credibilidade e viabilizar a participação em licitações — especialmente em tempos de pressão sobre o caixa e aumento da taxa de inadimplência.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), o volume de projetos públicos em licitação cresceu 24% em 2025, impulsionado pelo novo PAC e pelas concessões estaduais. No entanto, muitas empresas ainda esbarram na exigência de cauções ou garantias bancárias para participar dos certames — o que, na prática, imobiliza recursos e limita o capital de giro para operação e expansão.

É nesse ponto que o seguro garantia faz a diferença. “Essa modalidade de seguro substitui a necessidade de caução em dinheiro ou carta fiança bancária, permitindo que a empresa preserve sua liquidez e foque no que realmente importa: executar bem o contrato”, afirma Rodrigo Gouveia, CEO da FINN Seguros, corretora de seguros corporativos. “Além disso, o seguro transmite mais confiança ao contratante público, pois garante que, em caso de inadimplência, o projeto terá continuidade com ressarcimento.”

Além do seguro garantia, empresas também recorrem a outros seguros específicos que fortalecem sua posição competitiva. Entre eles estão o seguro de responsabilidade civil profissional, que cobre eventuais falhas técnicas durante a execução do contrato, e o seguro de engenharia, voltado a obras e montagens complexas.

A Susep (Superintendência de Seguros Privados) registrou um crescimento de 31% na emissão de seguros garantia no Brasil em 2024, movimentando cerca de R$5,8 bilhões no ano — um recorde histórico. A tendência é de continuidade em 2025, diante do calendário de obras e da modernização das leis de licitação, como a Lei nº 14.133/21, que reforça o papel das garantias contratuais.

Para empresas que desejam entrar ou se manter no mercado de contratos públicos, a orientação é se preparar com antecedência. “A análise de risco para esse tipo de seguro exige informações financeiras e operacionais consistentes, além de histórico de compliance. Quem se antecipa, possui mais chances de obter melhores condições e taxas mais competitivas”, destaca Gouveia.

Na avaliação da FINN Seguros, o seguro deixa de ser apenas uma exigência legal e se consolida como um diferencial estratégico. “Nosso papel é justamente ajudar as empresas a transformarem o seguro em uma vantagem competitiva, oferecendo soluções para cada caso, apoiando sua atuação no setor público”, finaliza o CEO.