Aconseg-NNE fomenta conhecimento sobre o mercado regional

Aconseg-NNE fomenta conhecimento sobre o mercado regional

Em dois painéis, encontro discutiu a importância da diversificação das vendas e a inovação e a tecnologia no dia a dia dos corretores

O I Encontro da Aconseg-NNE, realizado agosto, no JCPM Trade Center, em Recife (PE), reuniu presencialmente assessorias associadas, seguradoras, corretores e lideranças do setor, além da audiência virtual, já que o evento foi transmitido ao vivo no canal do YouTube do SeguroCast.

Compartilhar conhecimento foi a forma que a Aconseg-NNE escolheu para comemorar seus três anos. “A nossa intenção é fomentar a cultura do seguro em todo o Norte e Nordeste, e construir cada vez mais autoridade e notoriedade para todos os nossos parceiros, que são os corretores de seguros”, salientou

Eduardo Scartezini, diretor de Comunicação e Inovação da Aconseg-NNE.

As aberturas dos painéis contaram com algumas intervenções. Em um deles, a editora da Revista Cobertura e também da Revista da Aconseg-NNE, Carol Rodrigues, falou sobre a importância do veículo dedicado ao mercado de seguros das regiões Norte e Nordeste.

“Para vocês terem uma ideia da importância deste veículo de comunicação, estados das regiões nordeste e norte são considerados desertos de notícias, por serem regiões carentes de veículos de comunicação, segundo o Atlas da Notícia que mapeia a presença do jornalismo local. Lembrem-se, aqui estamos falando de todos os tipos de notícias, agora imaginem quando o assunto é seguro”, disse Carol sobre a iniciativa da Aconseg-NNE, que tem como objetivo disseminar a cultura do seguro e possui um importante papel social.

Djalma Ferraz, presidente da Aconseg-NNE, destacou que o corretor é o melhor canal de distribuição de seguros e pontuou que os percentuais de adesão ao seguro nas regiões Norte e Nordeste do País são os menores do Brasil. “Sabemos que há a questão financeira, pois a renda per capita da região é inferior à média nacional. Mas temos produtos nos segmentos de Vida e Residencial com preços acessíveis. Recentemente, vimos notícias de que as pessoas estão consumindo mais em jogos e apostas do que na contratação de seguro de vida”, pontuou.

Solon Barreto, vice-presidente CCO & CX da Alba Seguradora, lembrou que a trajetória da Alba completa três anos, assim como a Aconseg-NNE, embora a seguradora integre o grupo Aliança da Bahia, que completou 155 anos, sendo a seguradora de capital nacional mais antiga. “A marca Alba simboliza uma companhia que tem vocação para inovar, customizar operações e humanizar atendimento”.

“Precisamos lembrar o potencial do corretor olhando o que ele tem na carteira. Como podemos inserir em um corretor que vende automóvel uma oferta de residencial, por exemplo. Estamos olhando muito isso dentro dos nossos corretores que estão nas assessorias”, comentou Gabriel Mariano, superintendente do Canal Assessorias da Bradesco Seguros, durante a intervenção que antecedeu o painel.

A diversificação

“Diversificação é muito mais do que produto, é buscarmos a captação dos corretores, das assessorias, do cliente final em diferentes perfis, regiões e formas. Esse é o nosso papel, enquanto seguradora, e é isso que buscamos com os nossos parceiros”, comentou Karine Brandão, diretora executiva comercial da MAPFRE.

Ela lembrou que as companhias têm investido em um mix de produtos, serviços e assistências para o seguro tornar-se mais atrativo ao consumidor e ser mais customizado. “A diversificação começa com o corretor, que tem uma visão 360 graus do cliente”.

Fábio Morita, diretor executivo de Auto, Massificados e Vida da Allianz, também acredita que a falta de diversificação não está ligada à falta de produto. “Até mesmo os produtos básicos não são consumidos como deveriam. Temos um espaço gigantesco para crescermos como indústria”.

João Merlin, diretor de Automóvel da Zurich, definiu a diversificação como uma estratégia comum das seguradoras multilinhas. “É também uma estratégia de sobrevivência para diversificar os riscos de corretores e assessorias”, disse.

“Entramos na vida do cliente pela garagem e nós queremos, através do seguro de automóvel, entrar na casa do cliente, através dos corretores das assessorias, e assim permitir o tão sonhado cross-selling, para diversificar o portfólio das seguradoras”, acrescentou.

“Se não valorizarmos o trabalho de aproximar os corretores das seguradoras e assumirmos essa responsabilidade que todos nós temos de vender a cultura do seguro, não teremos feito o nosso papel. É nossa a responsabilidade de mostrar para o mercado o que podemos fazer pela sociedade. Temos produtos e serviços que podem verter dessa forma”, destacou Yvana Naira, diretora administrativa da Aconseg-NNE.

A tecnologia

“A cada tempo, a revolução tecnológica é um pouco diferente. Estamos agora com a inteligência artificial e os corretores se preocupam se ela irá substitui-los ou não. Nós, das assessorias, não acreditamos na substituição. Acreditamos na tecnologia como facilitadora do trabalho do corretor, que promoverá um resultado mais próspero”, comentou o presidente da Aconseg-NNE.

Historicamente, a cada entrada de novas tecnologias surge a pergunta sobre a continuidade do corretor.

“A IA não vai substituir o corretor de seguros. No nosso negócio, cada atendimento tem a sua particularidade. Por mais que o processo esteja desenhado, o momento é diferente, os problemas são diferentes e é fácil sair da esteira. Nós iremos atuar nas situações que saem da curva, a IA não irá fazer isso. Precisamos ter jogo de cintura e acolhimento”, contribuiu Denis Milan, diretor de Tecnologia da Tokio Marine.

“A IA está vindo como um grande facilitador do processo, mas não substituirá o humano. Trabalhamos 24 horas para qualificar o atendimento”, destacou Eduardo Grillo, diretor Comercial da Suhai, para quem jamais a IA irá substituir o corretor.

Para ele, o produto auto é de complexidade e de recusa e a tecnologia vem para facilitar os processos. “O corretor é a base do modelo e da segurança”, definiu Grillo.

Na visão de Denise Carvalho, diretora Comercial da SulAmérica, a IA não vai substituir o corretor de seguros. “Tem a questão interpessoal que a IA não vai substituir, mas é preciso dominar o tema. A SulAmérica vem investindo nisso. Damos a inteligência para os corretores, mas ela não irá substitui-los. O corretor é essencial e a assessoria é mais essencial ainda”.

“A tecnologia é muito boa, mas não podemos esquecer que vários corretores têm dificuldade de trabalhar e acessar. Cabe às assessorias viabilizarem os negócios e ajudarem os corretores. Esse é o nosso trabalho. Todas as assessorias estão capacitadas para essa revolução tecnológica”, destacou Daniela Israel, integrante do Conselho da Aconseg-NNE.

Conteúdo da edição de agosto (278) da Revista Cobertura