Diversificação de vendas, tecnologia, inteligência artificial, atendimento humanizado foram temas debatidos durante o encontro em Recife
Diante do fato de que os corretores são os grandes clientes das assessorias em seguros e das seguradoras, a Aconseg-NNE reuniu associadas, corretores e seguradoras, tanto de forma presencial como virtual. O I Encontro da Aconseg-NNE, realizado no JCPM Trade Center, em Recife (PE), contou com dois painéis que discutiram temas importantes como diversificação de vendas, tecnologia, inovação e atendimento humanizado.
Há uma enorme oportunidade de expansão em todos os ramos de seguros e o corretor é a peça fundamental. Para isso, ele conta também com o apoio das assessorias.

“O corretor precisa trabalhar com outros seguros para o resultado econômico da empresa e deve por uma missão da sua profissão. O consumidor traz o risco para o corretor, e ele tem a responsabilidade de despertar no consumidor a necessidade de contratar seguro”, chamou a atenção o presidente da Aconseg-NNE, Djalma Ferraz.
“Diversificação é muito mais do que produto, é buscarmos a captação dos corretores, das assessorias, do cliente final em diferentes perfis, regiões e formas. Esse é o nosso papel, enquanto seguradora, e é isso que buscamos com os nossos parceiros”, comentou Karine Brandão, diretora executiva comercial da MAPFRE.
Ela lembrou que as companhias têm investido em um mix de produtos, serviços e assistências para o seguro tornar-se mais atrativo ao consumidor e ser mais customizado. “A diversificação começa com o corretor, que tem uma visão 360 graus do cliente”.

Fábio Morita, diretor executivo de Auto, Massificados e Vida da Allianz, também acredita que a falta de diversificação não está ligada à falta de produto. “Até mesmo os produtos básicos não são consumidos como deveriam. Temos um espaço gigantesco para crescermos como indústria”.

João Merlin, diretor de Automóvel da Zurich, definiu a diversificação como uma estratégia comum das seguradoras multilinhas. “É também uma estratégia de sobrevivência para diversificar os riscos de corretores e assessorias”, disse.

“Entramos na vida do cliente pela garagem e nós queremos, através do seguro de automóvel, entrar na casa do cliente, através dos corretores das assessorias, e assim permitir o tão sonhado cross-selling para diversificar o portfólio das seguradoras”, acrescentou.
“Se não valorizarmos o trabalho de aproximar os corretores das seguradoras e assumirmos essa responsabilidade que todos nós temos de vender a cultura do seguro, não teremos feito o nosso papel. É nossa a responsabilidade de mostrar para o mercado o que podemos fazer pela sociedade. Temos produtos e serviços que podem verter dessa forma”, destacou Yvana Naira, diretora administrativa da Aconseg-NNE.

Tecnologia e IA
“A cada tempo, a revolução tecnológica é um pouco diferente. Estamos agora com a inteligência artificial e os corretores se preocupam se ela irá substitui-los ou não. Nós, das assessorias, não acreditamos na substituição. Cremos na tecnologia como facilitadora do trabalho do corretor, que promoverá um resultado mais próspero”, comentou Ferraz.
Historicamente, a cada entrada de novas tecnologias surge a pergunta sobre a continuidade do corretor. “No nosso negócio, cada atendimento tem a sua particularidade. Por mais que o processo esteja desenhado, o momento é diferente, os problemas são diferentes e é fácil sair da esteira. Nós iremos atuar nas situações que saem da curva, a IA não irá fazer isso. Precisamos ter jogo de cintura e acolhimento”, contribuiu Denis Milan, diretor de Tecnologia da Tokio Marine.

“A IA está vindo como um grande facilitador do processo, mas não substituirá o humano. Trabalhamos 24 horas para qualificar o atendimento”, destacou Eduardo Grillo, diretor Comercial da Suhai, para quem jamais a IA irá substituir o corretor.
Para ele, o produto auto é de complexidade e de recusa e a tecnologia vem para facilitar os processos. “O corretor é a base do modelo e da segurança”, definiu Grillo.
Na visão de Denise Carvalho, diretora Comercial da SulAmérica, há a questão interpessoal que a IA não vai substituir, mas é preciso dominar o tema. “A SulAmérica vem investindo nisso. Damos a inteligência para os corretores, mas ela não irá substitui-los”.

“A tecnologia é muito boa, mas não podemos esquecer que vários corretores têm dificuldade de trabalhar e acessar. Cabe às assessorias viabilizarem os negócios e ajudarem os corretores. Esse é o nosso trabalho. Todas as assessorias estão capacitadas para essa revolução tecnológica”, destacou Daniela Israel, Conselheira da Aconseg-NNE.

O lado B da tecnologia
A tecnologia é uma ferramenta de combate às fraudes, mas também é uma porta de entrada.
“A fraude está mudando de comportamento. Ela deixou de ser apenas uma inversão de culpa, por isso precisamos evoluir nas tecnologias para combatê-la. A fraude subiu de patamar e já possui alta complexidade tecnológica. A fraude mudou, o personagem mudou e o impacto tem sido grande”, alertou Grillo.
Milan também observa a quantidade crescente de fraude e a sofisticação. “A fraude ocorre em todo lugar. A diferença é que, no Brasil, há impunidade. Todo mundo paga o preço da fraude”.
Denise apontou a peculiaridade da fraude nos planos de saúde, nos quais nem sempre as pessoas sabem que estão a cometendo. Por isso, há ações de conscientização da fraude, tanto próprias como em conjunto com a FenaSaúde. “Vocês precisam acompanhar e saber o cliente que está entrando. A SulAmérica abriu um canal de denúncias e vem tomando as medidas cabíveis com os casos de fraude. Precisamos tornar o mercado de saúde sustentável”.

“A nossa intenção é fomentar a cultura do seguro em todo o Norte e Nordeste e construir cada vez mais autoridade e notoriedade para todos os nossos parceiros, que são os corretores de seguros”
Eduardo Scartezini Diretor de Comunicação e Inovação da Aconseg-NNE e mestre de cerimônias do evento
Carol Rodrigues, editora da Revista Cobertura e coordenadora da Revista da Aconseg-NNE, falou que a publicação é uma importante ferramenta de disseminação da cultura do seguro
Solon Barretto, vice-presidente CCO & CX da Alba Seguradora, lembrou que a trajetória da Alba completa três anos, assim como a Aconseg-NNE, embora a seguradora integre o grupo Aliança da Bahia, que completou 155 anos
“Precisamos lembrar o potencial do corretor olhando o que ele tem na carteira e como podemos inserir em um corretor que vende automóvel uma oferta de residencial, por exemplo”
Gabriel Mariano Superintendente de Negócios da Bradesco Seguros
Pedro London, diretor do CQCS, enalteceu o papel das assessorias como canal de distribuição e convidou todas as Aconsegs do Brasil a participarem como expositoras do CQCS Insurtech & Inovação 2025

Confira a íntegra do evento transmitido pelo Segurocast: https://youtube.com/live/RWt6YgzE3xE?feature=share
Conteúdo da edição 10 da Revista da Aconseg-NNE











